por José Antonio Pagola. Vozes, Petrópolis, 1 vol. Br., 160 x 230 mm, 651 p. – ISBN 978-85-326-4017-8
Fonte: fteixeira-dialogos.blogspot.com.br
Trata-se de uma excelente novidade editorial da Vozes. Refere-se à nona edição de um livro que vem se tornando bestseller na
Espanha, com traduções ao Catalão (Claret), Euskera (Idatz), Italiano
(Borla) e Inglês (Paperback). A primeira edição do livro foi publicada
na Espanha em setembro de 2007 pela editora PPC (dos religiosos
marianistas) e logo alcançou grande sucesso, chegando à oitava edição em
fevereiro de 2008. Foi uma acolhida “muito mais ampla e positiva” que a
esperada pelo próprio autor, José Antonio Pagola, com formação em
teologia e ciências bíblicas pela Pontifícia Universidade Gregoriana,
Pontifício Instituto Bíblico de Roma e Escola Bíblica e Arqueológica
Francesa de Jerusalém. A obra provocou igualmente criticas negativas e
reações do episcopado espanhol. A primeira delas partiu de Mons.
Demetrio Fernández, bispo de Tarazona, que em carta pastoral de dezembro
de 2007 assinalou que a “tentação ariana” assoma a obra em seu
conjunto. Veio em seguida a apreciação crítica de José Rico Pavés,
diretor do Secretariado Episcopal para a Doutrina da Fé da Conferência
Episcopal Espanhola (CEE), que sinaliza o risco de um “dissenso sutil e
daninho” na investigação histórica realizada por Pagola sobre o
ensinamento de Jesus. Todas as reações culminaram na nota de
clarificação sobre o livro feita pela Comissão Episcopal para a Doutrina
da Fé da CEE, publicada em junho de 2008, que apontou deficiências da
obra tanto no plano metodológico como doutrinal. A preocupação maior
relacionava-se ao que consideravam uma “apresentação reducionista de
Jesus como um mero profeta” e a “negação de sua consciência filial
divina”, além de outras questões conexas.
Em defesa da obra posicionou-se o então bispo da diocese de San Sebastián,
Juan Maria Uriarte. Ali atuava Pagola como vigário episcopal até o ano
2000 e permanecia atuando como diretor do Instituto de Teologia e
Pastoral. Diante da situação crítica, Uriarte solicita a dois
qualificados teólogos e a um bispo teólogo a avaliação da obra. Com a
sugestão de algumas modificações, a obra ganha o Nihil Obstat
de Uriarte e chega assim à sua nona edição, em junho de 2009. É essa
versão que sai agora publicada em português. Dentre as mudanças
observadas, verifica-se que esta nona edição ganhou uma apresentação
mais detalhada e uma significativa ampliação do capítulo final, que
trata o tema do aprofundamento da identidade de Jesus.
Na
apresentação da obra, Pagola apresenta as razões de sua investigação
histórica sobre Jesus. Sua motivação maior é captar o segredo que “se
encontra neste fascinante galileu, nascido há dois mil anos numa aldeia
insignificante do Império romano e executado como um malfeitor perto de
uma antiga pedreira, nos arredores de Jerusalém, quando beirava os 30
anos” (p.11). Lança a questão: “Quem foi este homem que marcou
decisivamente a religião, a cultura e a arte do Ocidente chegando até a
impor inclusive seu calendário?”(p.11). O objetivo do autor é lançar-se
numa séria investigação, a mais rigorosa possível, sobre essa figura
fascinante: sobre sua vida, suas lutas e a força e originalidade de sua
atuação na história. Para tal aproximação histórica, o autor fez recurso
ao rico instrumental à disposição na investigação moderna, e sempre em
perspectiva interdisciplinar. Buscou igualmente apresentar seu trabalho
numa linguagem simples e acessível, o que muito favorece sua leitura que
é agradável e convidativa. Sente-se nessa nova apresentação uma
preocupação do autor em explicitar sua intenção de concentrar-se na
investigação histórica sobre Jesus, o que não significa abafar o vigor
de sua confissão cristã que afirma Jesus como “verdadeiro Deus e
verdadeiro homem” (p. 15). Indica claramente que seu propósito não é
avançar pelos “complexos caminhos da gestação e desenvolvimento da fé
cristológica” (p. 26 e p. 363, n. 2).
Como
assinala Pagola, o livro nasceu de sua fé e amor a Jesus Cristo, e
estimulado por essa mesma fé buscou narrar a história de Jesus de forma
viva e significativa para os tempos atuais. Direciona o livro não apenas
para os que se confessam cristãos, mas também para aqueles que ignoram
sua realidade ou aqueles que se afastaram ou desencantaram com a igreja e
buscam caminhos alternativos de vida (p. 26- 27). Sua intenção é
favorecer a aproximação histórica de Jesus “estudando sobretudo a
lembrança que ele deixou nos seus” (p.19). E esta aproximação é
contagiante: “É difícil aproximar-se dele e não sentir-se atraído por
sua pessoa. Jesus traz um horizonte diferente para a vida, uma dimensão
mais profunda, uma verdade mais essencial” (p. 22).
Os
treze primeiros capítulos da obra buscam favorecer essa aproximação
histórica de Jesus, mediante seus traços mais importantes. Tais
capítulos facultam aos cristãos conhecer de forma mais palpável os
traços humanos daquele em quem Deus revelou-se de modo único e singular:
“comover-se-ão ao ver que Deus encarnado conviveu entre os homens
fazendo o bem, ´curando a vida`, ´defendendo os últimos`, ´amando a
mulher`e procurando a verdadeira dignidade” (p. 24). E aos demais, a
possibilidade de “conhecer melhor um homem que marcou a história da
humanidade” (p. 23).
Nos dois primeiros capítulos
Pagola busca situar Jesus em seu contexto histórico, enquanto judeu da
Galiléia e vizinho de Nazaré. Foi sob o império de Roma que viveu esse
galileu de nome Yeshua,
entre pessoas do campo e num ambiente de viva presença religiosa. Ele
“cresceu no meio da natureza, com os olhos muito abertos para o mundo
que o rodeava” (p.64), e isso se expressa na abundância de imagens que
emprega em sua fala, adornada com elementos de seu espaço circundante:
os pássaros do céu, as anêmonas das colinas de Nazaré, as ramas das
figueiras, a beleza do sol e a força das chuvas. O seu estilo de vida
difere dos ascetas do deserto, pois vem marcado pela vontade de vida e
pelo toque festivo. A sua experiência de fé foi desdobrando-se de sua
vida simples na Galileia, no clima religioso propício de sua aldeia. Ali
foi percebendo que “Deus é o ´Pai do céu`. Não está ligado a um lugar
sagrado. Não pertence a um povo ou a uma raça concretos. Não é
propriedade de nenhuma religião. Deus é de todos” (p. 73-74). Ali
cresceu apaixonadamente em seu coração o amor pelo reino de Deus, que se
tornará a razão central de sua vida e atuação (p. 83).
Nos capítulos terceiro e quarto,
apresenta Jesus como buscador de Deus e profeta do reino de Deus. Assim
como o profeta João Batista, que o precede, Jesus busca captar a
vontade de Deus, mas sua perspectiva é distinta. Seu estilo de vida é
festivo, marcado pelo tônus da alegria. Vai dedicar-se “a algo que João
nunca fez: curar os enfermos que ninguém curava, aliviar a dor de
pessoas abandonadas, tocar leprosos que ninguém tocava, abençoar e
abraçar crianças.” (p. 106). Enquanto a missão do Batista estava
vinculada à questão do pecado, o projeto de Jesus tinha como objetivo
aplacar o sofrimento dos mais excluídos e necessitados, anunciando-lhes
uma Boa Notícia: “É mais determinante em sua atuação eliminar
o sofrimento do que denunciar os diversos pecados das pessoas” (p.
213). No cerne de sua atuação encontra-se a “paixão pelo reino de Deus”.
Trata-se do núcleo medular de sua pregação, da convicção mais profunda
que o anima e o segredo de sua motivação existencial. E essa mensagem do
reino volta-se privilegiadamente para os pobres. Jesus declara-os
felizes porque Deus é amigo da vida e quer fazer do seu reino uma
manifestação da compaixão de Deus que rompe com a situação de miséria e
opressão e anuncia uma perspectiva nova de esperança e alegria (p.
130-131). Esta é a razão do impacto exercido pela mensagem de Jesus
desde o início: “Aquela maneira de falar de Deus provoca entusiasmo nos
setores mais simples (...). Era o que eles precisavam ouvir: Deus se
preocupa com eles. O reino de Deus que Jesus proclama corresponde ao que
eles mais desejam: viver com dignidade” (p. 124). Esse reino que vem,
longe de ser uma expressão de poderio ou glória, é a manifestação
efetiva da bondade e compaixão de Deus, que removem as entranhas.
Nos capítulos quinto e sexto,
aparece Jesus como o poeta da compaixão e curador da vida. É à
linguagem dos poetas que Jesus recorre para expressar a sua experiência e
compreensão do reino de Deus. São ricas as imagens, metáforas e
parábolas que utiliza para traduzir de forma simples, clara e acessível o
seu projeto de vida. O que anuncia é um Deus compassivo, inigualável
metáfora para expressar o seu mistério de vida. E o autor indaga: “Será
esta a melhor metáfora de Deus: um pai acolhendo de braços abertos os
que andam ´perdidos` fora de casa e suplicando a todos os que o
contemplam e ouvem que acolham com compaixão a todos?” (p. 164). Com
base na parábola do bom samaritano, Pagola sinaliza que “a melhor
metáfora de Deus é a compaixão para com um ferido”, e que o reino de
Deus acontece onde quer que “as pessoas atuam com misericórdia” (p.
174). Jesus é também curador da vida: alguém que contagia saúde e vida, e
junto a ele não há lugar para a tristeza ou solidão. A acolhida e o
cuidado são traços singulares de sua atuação. Na base dessa força
curadora está a dinâmica de sua própria pessoa: “seu amor apaixonado à
vida, sua acolhida afetuosa a cada enfermo ou enferma, sua força para
regenerar a pessoa a partir de suas raízes, sua capacidade de transmitir
sua fé na bondade de Deus. Seu poder de despertar energias
desconhecidas no ser humano criava as condições que tornavam possível a
recuperação da saúde” (p. 202).
Os traços de Jesus como defensor dos últimos e amigo da mulher aparecem nos capítulos sétimo e oitavo.
A Boa Notícia do reino de Deus toca de modo particular os mais sofridos
e pequeninos. Essa é a grande revolução trazida por Jesus, inaugurando a
centralidade do “código da compaixão”. Com base na parábola do juízo
final (Mt 25,31-46), Pagola indica que “o caminho que conduz a Deus não
passa necessariamente pela religião, pelo culto ou pela confissão de fé,
mas pela compaixão com os ´irmãos pequenos`”. Conclui dizendo que “a
religião não detém o monopólio da salvação; o caminho mais acertado é a
ajuda ao necessitado. Por ele caminham muitos homens e mulheres que não
conhecem Jesus” (p. 235). Em seu livro, Pagola confere um importante
lugar para as mulheres no
movimento de Jesus. Foram verdadeiras “discípulas de Jesus”, estando
presentes e atuantes desde a Galileia até Jerusalém. Elas “fizeram parte
do grupo que seguia Jesus desde o início”. Algumas são nomeadas, como
Maria de Mágdala, que ocupa um lugar de destaque, sendo sua melhor amiga
(p. 280-281). O autor assinala a presença delas na última ceia e o seu
lugar protagônico na fé pascal (p. 276-277).
Nos três capítulos seguintes, nono, décimo e décimo primeiro,
abordam-se os temas de Jesus como mestre de vida, criador de um
movimento renovador e crente fiel. Jesus foi um “mestre pouco
convencional”. Para ele não é a lei que está no centro, mas o amor. Em
sintonia com toda a reflexão anterior, Pagola indica que o reino de Deus
anunciado por Jesus exige, antes de tudo, fidelidade ao Deus da Vida e
da Aliança. O importante “não é contar com pessoas observantes da leis,
mas com filhos e filhas que se pareçam com Deus e procurem ser bons como
ele o é” (p. 299). O que Jesus criou, de fato, foi um “movimento
renovador”, um “movimento de homens e mulheres saídos do povo” que, em
sua companhia, firmam a “consciência da proximidade salvadora de Deus”
(p. 323). Seus seguidores são chamados a “compartilhar sua paixão por
Deus e sua disponibilidade ao serviço de seu reino” (p. 340). Na edição
anterior do livro havia uma passagem que foi retirada na nova edição e
que dizia “que Jesus não pôde nem quis colocar em marcha uma instituição
forte e organizada, mas um movimento curador que foi transformando o
mundo numa atitude de serviço e amor. Não há como explicar a atuação
profética de Jesus sem captar o mistério de sua relação amorosa com
Deus. ”. É Deus que está no centro de sua vida. Para
Jesus, Deus não se reduz a uma teoria, mas é uma Presença que o
transforma interiormente e faculta a tonalidade de sua vida de abertura e
compromisso com os outros. A Deus, como Pai, dedica sua oração nos
momentos cruciais de sua caminhada. Jesus sempre se dirige a Deus como
“Pai”, com quem partilha confiança e intimidade (p. 383 e 392). É o Pai
do céu, que “não está ligado ao templo de Jerusalém nem a nenhum outro
lugar sagrado. É o Pai de todos, sem discriminação nem exclusão alguma.
Não pertence a um povo privilegiado. Não é propriedade de uma religião.
Todos podem invocá-lo como Pai” (p. 392). O mistério de Deus é vivido
por Jesus de forma peculiar: nele encontra o “melhor amigo do ser
humano” e o “amigo da vida”. Estabelece também com ele uma peculiar
“intimidade filial”. Uma das “deficiências” indicadas pela crítica da
CEE contra o livro de Pagola foi a carência de uma explicitação da
consciência filial divina de Jesus. O que o autor sublinha em seu livro,
em sintonia com o seu propósito de se fixar no âmbito da investigação
histórica, é que “Jesus mostra-se muito discreto sobre sua vida
interior” (p. 363). Retoma a questão mais adiante assinalando que “ao
que parece, Jesus nunca se pronunciou abertamente sobre sua pessoa. A
questão de sua messianidade respondia de forma ambígua” (p. 452). Na
edição anterior tinha sido mais contundente: “Em nenhum momento
manifesta pretensão alguma de ser Deus: nem Jesus nem seus seguidores em
vida utilizaram o titulo de ´Filho de Deus` para confessar sua condição
divina”.
Nos capítulos doze, treze e quatorze
o autor desenvolve os temas da morte e ressurreição de Jesus. Pagola
indica em sua obra que o final trágico encontrado por Jesus foi
resultado de sua vida e luta em favor do reino de Deus: “Não foi uma
surpresa. Fora sendo gestado desde que ele começou a anunciar com paixão
o projeto de Deus que ele trazia no coração” (p. 399). Foi alguém
“coerente até o final”, um “mártir do reino de Deus”. Segundo Pagola, a
investigação histórica indica que a morte de Jesus não pode ser
interpretada numa perspectiva sacrificial. Na verdade, “nunca se vê
Jesus oferecendo sua vida como uma imolação ao Pai para obter dele
clemência para o mundo. O Pai não precisa que ninguém seja destruído em
sua honra. O amor que ele tem por seus filhos é gratuito, seu perdão é
incondicional” (p. 419). Essa posição do autor também causou dificuldade
para seus opositores. Na apresentação de sua obra, Pagola sinaliza que
não quis concluir o seu livro com a perspectiva da cruz. Argumenta que
“não quis deixar os leitores confusos diante de um Jesus executado
cruelmente num patíbulo. Nem tudo terminou ali. Se a crucifixão tivesse
sido a última lembrança que restou de Jesus, não teriam escrito os
evangelhos nem teria nascido a Igreja” (p.24). Daí a centralidade da
ressureição em sua obra, mas o autor sublinha que sua abordagem do tema
foi marcada pela fidelidade ao rastreamento histórico das fontes (p.
25). Na linha dessa abordagem, a ressurreição não significou um retorno
de Jesus “à sua vida anterior na terra” (p. 495). Nao foi, propriamente,
um “fato histórico” constatável e verificável, mas um “fato real”, que
habitou e marcou a vida de seus discípulos, e para os que crêem, um fato
decisivo na história humana (p. 497). Trata-se de um “fato real” pois a
fé dos seguidores de Jesus não se fundou num vazio. De fato, “algo
aconteceu neles. Todas as fontes o afirmam: viveram um processo que não
só reavivou a fé que tinham em Jesus, mas os abriu para uma experiência
nova e inesperada de sua presença entre eles” (p. 499).
No
último capitulo, Pagola desenvolve o tema da identidade de Jesus.
Seguindo o critério estabelecido por James Dunn, segundo o qual o
objetivo realista de uma pesquisa histórica sobre Jesus é o “Jesus
recordado”, o autor vai traçar as repercussões do impacto da
ressurreição nos seguidores mais próximos de Jesus. Sob o impacto desse
“fato real”, é toda uma releitura da vida e significado de Jesus que vem
processada: “Aquela vida surpreendente e cativante que conheceram de
perto e cuja memória guardam viva no coração adquire agora uma
profundidade nova”. Pagola defende, assim, a idéia de que a “lembrança”
traduz o “ponto de partida da fé cristológica” (p. 528).
No
epílogo da obra, Pagola adverte sobre a importância de situar Jesus no
centro do cristianismo, mas evitando “reduzir sua pessoa a uma sublime
abstração” (p. 566). Driblando um dos riscos mais ameaçadores para o
cristianismo atual, que é o monofisismo, o autor busca sublinhar os
traços do Jesus profeta que percorreu com coragem os caminhos da
Galileia. Nada mais problemático para o cristianismo do que um Jesus sem
reino e Pagola está muito atento a isto. É para o reino que Jesus vive,
é ele que motiva a sua paixão e dá significado à sua vida. Assinala com
precisão que “o que ocupa o lugar central na vida de Jesus não é Deus
simplesmente, mas Deus com seu projeto sobre a história humana. Jesus
não fala de Deus simplesmente, e sim de Deus e seu reino de paz,
compaixão e justiça” (p. 568). São lindas reflexões que trazem à tona o
percurso reflexivo original da cristologia da libertação
latino-americana. O tema do seguimento de Jesus entra no final, coroando
com êxito a reflexão de Pagola. O que Jesus deixou atrás de si foi o
projeto de dar continuidade ao seu sonho de fraternidade. Não “pensou
numa instituição dedicada a garantir no mundo a verdadeira religião.
Jesus pôs em marcha um movimento de ´seguidores` que se encarregassem de
anunciar e promover seu projeto do ´reino de Deus` (...). Por isso, não
há nada mais decisivo para nós do que reativar sempre de novo, dentro
da Igreja, o seguimento fiel à pessoa de Jesus” (p. 569).
Não
há como ler este livro de Pagola sem se emocionar. Através do recurso
de uma linguagem simples mas rigorosa consegue com felicidade apresentar
o itinerário histórico de Jesus e provocar as entranhas de compaixão. É
uma obra grandiosa e vai, certamente, deixar rastros importantes na
reflexão sobre Jesus Cristo e a dinâmica de seu seguimento na história.
Muito acertada e pertinente a decisão da editora Vozes em facultar o seu
acesso aos leitores brasileiros.
(Publicado na REB, v. 70, n. 280, outubro 2010, pp. 974-978)