terça-feira, 22 de novembro de 2011

Teología de la Pastoral Vocacional





Dice Bernard Lonergan que una buena teología es la cosa más práctica . Este principio es operativo, especialmente cuando nos referimos a la acción pastoral de la Iglesia, y de un modo muy concreto a la pastoral vocacional.

Dice Bernard Lonergan que una buena teología es la cosa más práctica . Este principio es operativo, especialmente cuando nos referimos a la acción pastoral de la Iglesia, y de un modo muy concreto a la pastoral vocacional*.
La acción pastoral vocacional no es una cuestión de técnica pedagógica, ni de astucia sociológica, ni de pericia psicológica. Las ciencias humanas tienen mucho que ver con ella y son una mediación indispensable, pero el alma de la pastoral vocacional es la fe, porque seguir al Señor en un camino discipular es una actitud que ha de estar centrada en la fe y la conversión.
Algunas pistas útiles para una buena teología de la pastoral vocacional son las siguientes, en su formulación hago eco del documento de Aparecida, pero también de otros documentos eclesiales.
-    Es un estudio, primeramente sobre Dios, el eternamente llamante; de la Santísima Trinidad, a quien podemos explicar desde el término “misión”; desde la persona del Padre que ama desde siempre y para siempre; desde la persona del Hijo, modelo de toda llamada y de toda respuesta; desde la persona del Espíritu, dador de todos los dones y animador de los carismas.
-    Es un estudio bíblico, por medio del cual se deducen de los textos narrativos vocacionales los principios y los objetivos de la acción pastoral. Noventa textos bíblicos vocacionales constituyen el amplísimo fundamento de la pastoral vocacional.
-    Es un estudio dogmático, en el que hay que sustentar una explicación razonable de la vocación humana, cristiana y específica; de cada una de las vocaciones específicas y de su complementariedad.
-    Es un estudio de los documentos del Magisterio de la Iglesia, que en los últimos 60 años se ha ocupado ampliamente del tema vocacional, muy especialmente de los dos congresos internacionales de pastoral vocacional, de los documentos de las conferencias episcopales y del CELAM, de los congresos continentales de los últimos años.
-    Es un estudio directamente espiritual, en el cual parece importante señalar el sentido místico y la práctica ascética que viene exigida por cada una de las vocaciones y formas de vida.
¡Te invito a profundizar el tema y, se posible, hacer el Diplomado en Pastoral Vocacional en el Itepal! Más que un estudio meramente académico, puede dar pistas para el cuidado de tu propia vocación y para la urgente y delicada tarea de cuidar la vocación de los demás.
*Lonergan, B. Método en Teología, Ed. Sígueme, Salamanca, 2008.
P. Emilio Lavaniegos G.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Luta ecológica e o fracasso de Deus na história (II)

Jung Mo Sung*

 
Na primeira parte deste artigo, vimos que a luta por um mundo ecologicamente sustentável só tem sentido na medida em que nós nos preocupamos com o futuro como futuro, isto é, aberto, que não está pré-determinado a ir bem ou mal. Quem se preocupa somente com o presente ou crê que o futuro está já garantido por uma lei da história ou por um Deus que conduz a história para a sua plenitude não leva realmente a sério o futuro. E quem não se preocupa seriamente com a sorte do futuro, não há porque modificar os seus sonhos e estilo de vida e lutar por um mundo mais justo e humano, social e ambientalmente sustentável. Por isso, “Assumir a ambigüidade da história e do ser humano, a possibilidade de que a história possa terminar em caos e que Deus possa “falhar” no seu plano de salvação da história, é uma condição para que a luta ecológica tenha sentido e eficácia.”
Para a maioria das pessoas que crêem em Deus, soa muito estranha, para não dizer herética, a afirmação de que Deus pode ‘falhar’ no seu plano de salvação da história. Como Deus pode falhar? Isso significaria que ele não é todo-poderoso? Mais ainda, isso significaria que a vitória das nossas lutas e as dos povos oprimidos não está garantida pela promessa de Deus?
Eu penso que estamos diante de um nó fundamental nas nossas reflexões teológicas e existenciais que fazemos a partir e sobre as nossas esperanças e lutas. Se levarmos a sério o problema de sustentabilidade sócio-ambiental, precisamos abdicar da noção de Deus que, de um jeito ou outro, conduzirá as nossas lutas à vitória e a história humana à plenitude de harmonia e vida. Se reafirmamos a crença de que Deus “é o Senhor da história” e que, por isso, os “justos vencerão”, a denúncia deque o nosso estilo de vida e o sistema de produção e consumo de bens representam um grande perigo para o futuro da humanidade não tem muito sentido.
Quando uma afirmação teológica ou filosófica de caráter “metafísico” (como a de que história caminha necessariamente para a sua plenitude) entra em contradição com as situações concretas da vida e com as lutas sociais importantes, precisamos repensar essas teorias. As imagens de Deus que a tradição bíblica nos apresenta na sua história desembocam, não na de um Deus todo-poderoso que dirige a história, mas de um Deus-Amor que chama a humanidade para a liberdade/libertação. Amor só é amor quando proposto e vivido na liberdade. Como disse Paulo, “foi para a liberdade que Cristo nos libertou”. E na história humana, a liberdade só é liberdade quando há possibilidade de erro e do fracasso. Isto é, em linguagem religiosa, podemos dizer que Deus da liberdade assumiu o risco de que a história pudesse terminar em fracasso, que o seu “plano” pudesse fracassar, para que a humanidade pudesse conhecer a Deus como Amor-Liberdade.
Se for assim, qual é então o “papel” de Deus ou da fé em Deus Amor-Liberdade na luta ecológica? Eu quero propor uma pista a partir de um pedido da Irmã Dorothy Stang, feito por telefone ao seu amigo e companheiro de luta Felício, no dia em que foi assassinada: “Felício, nunca desista, está me ouvindo? Você precisa continuar a luta. Você não deve desistir e você não deve abandonar nosso povo, compreende? Você precisa continuar lutando porque Deus está com você’.”
Qual é a imagem ou noção de Deus que está por trás dessa afirmação-pedido? Com certeza, não é a imagem de um Deus que garante a libertação dos pobres e o encaminhamento da história à sua plenitude. Muito menos, a imagem de um Deus que está por detrás da ordem natural e social, como o seu fundamento. Deus que é invocado ou evocado aqui é um que chama, interpela para a luta para modificar a realidade. Mas, que não garante a vitória dos pobres e nem o cumprimento das promessas de um mundo justo.
Deus que aparece no apelo da Irmã Dorothy é um Deus que fundamenta o apelo dela ao seu amigo para que não desista de lutar pelos mais pobres. Nada mais do que isso! Ele precisa lutar porque Deus está com ele! Apesar de todas as dificuldades e frustrações, a Irmã Dorothy, que parece pressentir a sua morte após muitas ameaças e tentativas de assassinato, apela ao seu amigo que não desista, porque Deus está com ele. Deus aparece aqui como um fundamento sem fundo firme, que justifica e interpela para o compromisso com os pobres e injustiçados, e com a defesa da criação. Um fundamento que se sustenta na medida em que responde à interpelação dos mais sofridos e injustiçados, na imaginação utópica de um mundo diferente, social e ambientalmente justo e sustentável. Uma imaginação nascida do desejo de um mundo mais humano e nutrida na recordação dos povos bíblicos ou não que também deram suas vidas por ela.


Leiam: Luta ecológica e o fracasso de Deus na história (I)
* Professor de pós-graduação em Ciências da Religião, autor de Cristianismo de Libertação: espiritualidade e luta social.

Extraído de http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=38222
Ilustração: This Love for you !!! / de Guilhermo Martines Junior ; adaptado por Eugenio Hansen. Original disponível em http://www.flickr.com/photos/guilhermojunior/3441920325/ acesso em 17 abr. 2009.

sábado, 5 de novembro de 2011

Luta ecológica e o fracasso de Deus na história (I)

Jung Mo Sung*

Se perguntarmos às pessoas se elas são a favor da preservação do meio ambiente, todas ou quase todas dirão que sim. Se perguntarmos se estão preocupadas com a crise ecológica, quase todas também dirão que sim. Mas, se perguntarmos a essas mesmas pessoas se essas preocupações as levaram a modificar o seu cotidiano ou os seus sonhos ou se diminuíram o seu padrão e quantidade de consumo e/ou pretendem a diminuir para adequá-los à crise ecológica, muito poucas dirão que sim. Em outras palavras, a preocupação ecológica hoje faz parte do que é considerado “politicamente correto”, mas parece que “no fundo” as pessoas não levam muito a sério essa questão.
Precisamos entender um pouco melhor essa defasagem entre a preocupação ecológica no nível do discurso e pouca mudança real nos comportamentos e nos desejos. Sem essa compreensão, as lutas, ações e discursos em favor da preservação das condições de vida no planeta Terra terão pouco efeito, ou cairão no vazio ou ficarão somente no nível das verborréias.
Neste artigo eu quero apontar apenas um dos aspectos importantes da “luta ecológica”, que tem a ver com a noção de sustentabilidade. A maior parte dos discursos em defesa do meio ambiente se refere a não sustentabilidade do atual padrão de vida e de desperdícios de recursos naturais essenciais, como a água. Isto é, se mantivermos as condições atuais, teremos muitos problemas no futuro. Em outras palavras, o problema grave não está no presente como um fato visível ou experimentável, mas como um potencial que se manifestará em um futuro próximo ou longínquo.
Isso significa que uma real preocupação com o meio ambiente pressupõe uma visão sobre o futuro. Se a pessoa não tem noção de futuro ou não se preocupa com o futuro, não consegue entender o que significa a crise ecológica, pois no presente esse problema não é muito sentido. O que nos leva à hipótese de que as pessoas que, mesmo aceitando as previsões dos estudiosos do assunto, não se preocupam de fato com a crise ambiental não têm preocupações ou dúvidas com relação às condições de possibilidade de vida humana no futuro.
Eu penso que a cultura atual, onde a ênfase é dada no viver o presente, reforça em muito essa despreocupação. Pois, se o mais importante é viver o presente, porque deveriam se preocupar com o que pode acontecer de mal no futuro. Porém, o ser humano é um ser que não pode não se preocupar (ocupar-se antes do acontecimento). Assim, mesmo em uma cultura que privilegia o viver o momento presente, as pessoas pensam no futuro. Só que a “cultura do presente” traz consigo também a idéia de que, se vivermos bem o presente, as coisas no futuro se ajeitarão.
A idéia de que as coisas no futuro se ajeitarão é bastante sedutora porque nos desobriga da responsabilidade com os nossos atos e opções no presente. E ela não é sedutora somente por causa da legitimação dessa alienação psicológico- subjetiva, mas também porque se articula com uma antiga doutrina religiosa, que diz que Deus está no comando da história, que o futuro está nas mãos de Deus.
Se o futuro está nas mãos de Deus, ou se Deus está no controle da história, não há o que podemos fazer e nem com o que se preocupar. Os religiosos conservadores norteamericanos ou influenciados por eles dizem que o futuro será Armagedom, destruição total que precederia a vinda gloriosa de Jesus no final dos tempos. Portanto, a crise ecológica não seria um problema, mas quase uma solução. Por outro lado, há muitos religiosos/as “otimistas” que dizem que a história tende a um final “feliz”, porque Deus, de um modo ou outro, irá conduzir a história para o “ponto ômega” (Teilhard de Chardin), ou então que o Espírito de Deus conduzirá a história e toda humanidade à sua plenitude. Há teólogos/as que afirmam que a “certeza” desse caminho da história em direção à plenitude é o outro lado da moeda da fé de que Deus se encarnou na pessoa de Jesus.
Se o futuro é negado enquanto futuro, isto é, se o futuro é apagado em nome da valorização absoluta do presente; ou se o futuro é negado enquanto um tempo aberto, cheio de possibilidades boas e más, por teologias ou filosofias da história que dizem que ela terminará necessariamente em um estado de caos ou de plenitude, a preocupação com o futuro e com a sustentabilidade das condições de vida no planeta Terra não tem sentido.
Para que a luta ecológica tenha sentido e eficácia, é preciso que o nosso discurso religioso ou político-social recupere o futuro como futuro e abandone o discurso sedutor e (teologicamente fácil) de que, por mais maldade que há no mundo, Deus, ou outra força sobre-humana, está conduzindo de modo misterioso a história para um final feliz. Assumir a ambigüidade da história e do ser humano, a possibilidade de que a história possa terminar em caos e que Deus possa “falhar” no seu plano de salvação da história, é uma condição para que a luta ecológica tenha sentido e eficácia.
Leiam: Luta ecológica e o fracasso de Deus na história (II)
* Professor de pós-graduação em Ciências da Religião, autor de Cristianismo de Libertação: espiritualidade e luta social.

Extraído de http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=38114 acesso em 07 abr. 2009.
Ilustração: Inferno / Coppo di Marcovaldo (ca 1225 – 1274, Mosaico, Baptistério, Florença).